Em resposta à queda nas vendas e à forte concorrência, a Starbucks na China anunciou redução média de 5 yuans (cerca de US$0,70) em dezenas de bebidas geladas, incluindo chás e Frappuccinos, com preços a partir de 23 yuans. A iniciativa visa atrair mais clientes nas tardes, quando o movimento costuma cair, aproveitando o interesse por produtos não tradicionais de café.
O mercado local tem pressionado: concorrentes como Luckin, Cotti e Manner oferecem opções por apenas 9–10 yuans, enquanto plataformas como JD.com e Alibaba chegam a promoções por 2,9 yuans. Embora a Starbucks negue a intenção de iniciar uma guerra de preços, aliados anônimos afirmam que o movimento faz parte de uma estratégia mais ampla para fortalecer sua posição.
A China representa o segundo maior mercado da rede, com cerca de 7.700 lojas, mas enfrenta queda nas vendas em unidades comparáveis — 8% no ano fiscal de 2024 e 6% no primeiro trimestre de 2025. A deflação no país, menor confiança do consumidor e aumento das tensões econômicas e de emprego pressionam ainda mais as margens .
Além dos cortes de preço, a Starbucks implementou medidas como o lançamento de versões menores de bebidas, uso de cupons e venda de participação nas operações locais. A releitura de seu posicionamento premium e a adaptação ao mercado digital incluem parcerias com plataformas locais de entrega e promoções via app.
No entanto, especialistas alertam que esse ajuste pode corroer a imagem de marca, que sempre se apoiou em um ambiente “premium” e uma experiência social qualificada. A Starbucks precisa equilibrar acessibilidade e exclusividade, explorando diferenciais como produtos locais e integração digital, sem comprometer margens.






