O governo da Argentina anunciou um pacote econômico com o objetivo de levantar até US$7 bilhões, visando fortalecer suas reservas internacionais e cumprir metas estabelecidas com o FMI. A partir de 10 de julho, o país encerrará a emissão das Letras Fiscais de Liquidez (LEFI), que substituíram as Leliq, com o intuito de eliminar passivos remunerados do Banco Central (BC) e reduzir sua dívida com pessoas físicas.
Em substituição às LEFI, o BC adotará um sistema baseado no controle de agregados monetários, no qual as taxas de juros serão determinadas pelo mercado. Além disso, o governo realizará licitações de títulos públicos denominados em dólares, com vencimentos superiores a um ano e limite mensal de US$1 bilhão, visando captar recursos para aumentar as reservas internacionais. A equipe econômica comprometeu-se a aumentar as reservas líquidas em US$4,4 bilhões até 13 de junho, conforme acordado com o FMI.
O governo também anunciou a eliminação de períodos de retenção para investidores não residentes que participam de leilões primários de títulos do Tesouro com dólares, facilitando o acesso ao mercado de câmbio. Além disso, está previsto um acordo de recompra com credores internacionais, de até US$2 bilhões, a ser revelado em 11 de junho.
Essas medidas visam estabilizar a economia argentina, aumentar as reservas internacionais e manter o dólar em patamares controlados, enfrentando desafios como a escassez de dólares e a necessidade de atender às exigências do FMI.