Nova regulamentação começa em 2026 e será implementada até 2033, quando o modelo de IVA dual passará a valer completamente no país.
A reforma tributária brasileira, que começará a ser implementada em 2026 e estará plenamente vigente em 2033, trará mudanças significativas para as empresas. O novo modelo prevê a substituição de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) por dois impostos sobre valor agregado: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de âmbito federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência estadual e municipal.
Durante o período de transição, as empresas precisarão adaptar seus sistemas fiscais e operacionais. Segundo Izaias Miguel, co-CEO da V360, será necessário atualizar os layouts das notas fiscais para incluir cerca de 200 novos campos, exigindo integração com sistemas de gestão empresarial (ERP) como SAP, Oracle e TOTVS. A falta de adequação pode impedir a emissão ou o recebimento de notas fiscais, comprometendo o faturamento e os pagamentos.
Para facilitar a adaptação, é recomendável que as empresas formem comitês internos multidisciplinares, envolvendo áreas como tecnologia, fiscal, contas a pagar, faturamento e recursos humanos. Esses grupos devem acompanhar as atualizações dos fornecedores de sistemas, testar os novos layouts e planejar a infraestrutura necessária para garantir a continuidade das operações.
Gilberto Reis, COO da Runtalent, destaca a importância do investimento em tecnologia da informação (TI) durante o processo de regulamentação. A terceirização de profissionais de TI pode ser uma estratégia eficaz para reduzir custos, impulsionar a inovação e aumentar a agilidade das empresas diante das novas exigências do mercado.
A reforma tributária exigirá das empresas brasileiras um planejamento cuidadoso e investimentos em tecnologia para garantir uma transição suave e o cumprimento das novas obrigações fiscais.






