A inflação oficial (IPCA) desacelerou em maio, com alta de 0,26%, abaixo dos 0,43% registrados em abril, segundo o IBGE.
Entre os grupos que mais pressionaram o índice está Habitação, que subiu 1,19% e teve a maior contribuição para o IPCA do mês. O principal motivo foi o aumento de 3,62% na conta de luz, influenciado pela entrada da bandeira tarifária amarela, que encarece a cobrança por consumo.
Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas teve forte desaceleração, passando de 0,82% em abril para 0,17% em maio. Itens como tomate, arroz, ovos e frutas ficaram mais baratos, aliviando o bolso do consumidor.
Transportes também recuaram, com queda de 0,37%. As passagens aéreas caíram 11,31% e todos os combustíveis registraram baixa, com destaque para o óleo diesel e o etanol.
Já os serviços apresentaram leve alta de 0,18%, praticamente estáveis. Mesmo assim, acumulam uma inflação de 5,80% nos últimos 12 meses, acima da média geral.
O núcleo da inflação, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, também desacelerou de 0,5% para 0,3%, o menor nível desde setembro do ano passado.
No acumulado do ano, o IPCA já soma alta de 2,75%. Em 12 meses, a inflação está em 5,32%, ainda acima da meta oficial de 3%.
A inflação perdeu força em maio, puxada pela queda nos preços dos alimentos e dos transportes, apesar do impacto da conta de luz. O cenário indica um certo alívio, mas ainda exige atenção.






